Chega a hora da raiva, da ira, do ódio, do amor, de todo sentimento que nos impulsiona
para frente, chega a hora do cérebro pensar, da boca falar, do braço levantar e do corpo
agir. Não para todo e qualquer corporativismo de merda, que atrasa nossa vida, nos
legando uma massificada forma de sub-cultura; a uma sub-existência a base de migalhas
e restos, previamente conferida para que permaneçamos sempre dizendo amém.
Eu quero o certo, o errado, o duvidoso, o bar da cerveja barata, roupas caras ou marcas
sem nome, informação sem coleguismos pagos, aliás, nada de ismos; conhecer o que
não sei que existe, música alta para dormir, beijos do meu amor, sonhos numa segunda
feira, tudo que é bom mesmo que me faça mal; drogas licitas ou não, o melhor whisk da
adega, o melhor charuto da caixa, cigarros de um real, viajar se pagar caro; quero e não
nego o que quero, pois quero poder querer e ter o que querer.
Não para um só caminho, a qualquer certeza pré-concebida, não para toda e qualquer
forma manipulada de uma famigerada moda-estilo-pensamento-politica-de-vida. Eu não
entendo, mas posso achar minhas respostas, eu não sou nada, mas não há o tudo sem
nada. Sou o outro lado, quero o outro lado, sem meias palavras, sem mentiras, não me
diga, eu sou. E mesmo que não fosse ainda assim seria.